COMPLEXOS PSICOLÓGICOS
Muitas vezes falhamos conosco
mesmos e com os outros, isso por conta da nossa própria necessidade de
aprendizado e inexperiência, isso gera complexos. Complexos são grupos de conceitos portadores de
significativa carga emocional desencadeados por gatilhos cuja resposta busca
suas raízes no inconsciente coletivo.
Freud os identificou, porém,
considerou-os resultados de ocorrências sexuais de significação desde os
primórdios da existência, podendo ser trazidos à atualidade pessoal mediante
associações.
Jung, no entanto, constatou que,
mesmo após a identificação do fator primacial, permaneciam outros componentes que mantinham a carga emocional nos seus
pacientes. Tratar-se-ia de um fator
impessoal que responderia por essa carga emocional do complexo, esse fator
impessoal seria o inconsciente coletivo.
Esse inconsciente coletivo
corresponde às experiências vivenciadas por cada indivíduo no processo da
evolução, passando pelas etapas reencarnacionistas, nas quais transitou nas
diversas fases do desenvolvimento antropossociopsicológico de si mesmo.
Atravessando os diferentes períodos da Humanidade, nos quais esteve, arquivou,
nos recessos do ser, todas as impressões que ora se encontram adormecidas e
podem ser exteriorizadas pelo períspirito. A visão espírita nos propõe um
arquivo extra cerebral, formado por uma maquinaria energética centrada no Self
ou Espírito, cujo campo de informações é infinito, nesse sentido inconsciente
coletivo e perispírito se equivalem enquanto conceitos.
Exteriorizados pelo inconsciente
através dos sutis mecanismos cerebrais, essas ocorrências ressurgem como
complexos quando possuem conteúdo perturbador, efeitos naturais das ações
morais iníquas que as soberanas Leis de Causa e Efeito impõem ao Espírito como
necessidade de reparação e de reeducação.
Desse modo, todos vivem sob os
acicates das aquisições anteriores, que se exteriorizam como necessidades
evolutivas, ao mesmo tempo impondo no processo da reencarnação os mecanismos
educativos para o Espírito liberar-se de si mesmo, do ego, das paixões
dissolventes, assim crescendo no rumo da plenitude.
Como resultado dessas heranças
primevas, alguns fantasmas emocionais acossam-lhe a consciência, produzindo a
inquietação que trabalha contra a sua harmonia psicofísica, aturdindo-o e
dificultando-lhe fruir galhardamente as infinitas possibilidades de alegria e
de paz que se lhe encontram à disposição.
O ser humano apresenta-se
desestruturado psicologicamente, buscando fugir antes que enfrentar a realidade
traumatizante, sentindo-se aturdido, procura compensar-se:
·
no exagerado culto ao corpo, entregando-se a
exercícios complexos e desgastantes de energias valiosas;
·
cirurgias
corretoras e estéticas, implantes variados;
·
dietas
sem sentido alimentar e destituídas de nutrientes básicos;
·
desenfreada
busca do gozo;
·
absurdo
consumo dos alcoólicos e do tabaco...
Tudo isso como forma de
compensação ao ego insatisfeito, dando lugar a mórbidos mecanismos que, se de
uma forma propiciam prazer, assinalam também perturbadoramente as emoções, ante
os receios inevitáveis que decorrem do processo orgânico degenerativo e do
implacável suceder do tempo devorador.
Os efeitos dessas ocorrências são
de alta gravidade, porque, instalados os distúrbios em pessoas psicologicamente
frágeis, prolongam-se, transformando-se em enfermidades de difícil diagnóstico
e mais desafiadora terapia.
Quanto mais alguém foge de um
problema, mais difícil se lhe torna equacioná-lo. A melhor maneira de o
enfrentar começa no esforço para diminuir-lhe o conteúdo emocional perturbador,
nele vendo, pelo contrário, a possibilidade de mais enriquecimento através de uma
comunicação injuntiva (obrigatória) em relação com a vida.
Fontes de consulta:
Triunfo Pessoal (Joanna de
Angelis/ Divaldo)
O Ser consciente (Divaldo/ Joana de Ângelis)
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