AUTOENCONTRO


AUTOENCONTRO

A proposta do curso não é um estudo psicológico, mas a utilização da psicologia (seus termos e estrutura) como instrumento que nos permitirá chegar a conclusões que vão de encontro com a Doutrina Espírita. A Doutrina Espírita nos direciona ao encontro da nossa essência divina (espiritualização) e os conhecimentos psicológicos nos trazem um caminho para o autoencontro, para a mudança de ação, de atitude, nos mostrando  como somos e os processos que precisamos desenvolver a fim de chegar à perfeição, ou seja, o religamento com nossa essência divina (religiosidade).
Religião: é o ato de formalizar, por meio de um conjunto de práticas, a busca de uma ligação com algo transcendente.

A tarefa da Psicologia espírita é tornar-se ponte entre os notáveis contribuintes dos estudos ancestrais dos eminentes psicólogos, oferecendo-lhes uma ponte com o Pensamento espiritista, que ilumina os desvãos (recantos escondidos) e os abismos do inconsciente individual e coletivo, os arquétipos, os impulsos e tendências, os conflitos e tormentos, as aspirações da beleza, do ideal, da busca da plenitude, como decorrência dos logros (alcançar) íntimos de cada ser, na sua larga escalada reencarnacionista. Pg. 15 O Despertar do Espírito.

Viver como espíritos que somos
Realizar a vida de acordo com o que nascemos para ser

Proposta de individuação
Aprender a se conhecer

É importante que você se auto descubra.
Descobrir-se é como tirar o pano, é o começo de tudo.
Conhecer-se é aprofundar nesse descobrimento.

Qual o sentido da reencarnação
Aprimorar tudo aquilo que você não fez na outra encarnação.
“A educação, a psicologia, a metodologia da convivência humana devem estruturar-se em uma consciência de:
ser, antes de ter - de ser, ao invés de poder -  de ser -  embora sem a preocupação de parecer.
(Joanna de Angelis) Livro: O Homem Integral cap. 4
“É necessário aprender-se a amar, porquanto o amor também se aprende.”
(Joanna de Angelis) Livro: Garimpo de Amor cap. 3
“O amor que se deve oferecer ao próximo é consequência natural do amor que se reserva a si mesmo, sem cuja presença muito difícil será a realização plena do objetivo da afetividade”.
(Joanna de Angelis) Livro: Garimpo de Amor cap. 2


Objetivos da Psicologia Transpessoal:
Somente quando estudado na sua plenitude – Espírito, perispírito e matéria – podem se resolver todos os questionamentos e desafios que o compõem, alargando-lhe as possibilidades de desenvolvimento do deus interno, facultando completude, realização plenificadora, estado de Nirvana (é o estado de libertação do sofrimento),  de samadhi (meditação completa), ou de reino dos Céus (eu divino) que lhe cumpre alcançar. – O ser consciente pg. 19
A busca da espiritualidade e da religiosidade.
Permitir ao indivíduo o seu autoencontro, isto é, encontrar a sua própria Essência Divina (Espiritualização) para se religar com a Consciência Criadora da Vida (Religiosidade)



Por que ir ao encontro da nossa essência Divina do Autoencontro?
Inicialmente, reflitamos sobre o sentido do autoencontro.
1ª Epístola aos Coríntios:
6:12 – Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me convém. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas.
“Como nem tudo edifica, isto é, nos faz bem espiritualmente, é imprescindível exercitar o autodomínio para fazer a melhor escolha, para optarmos por aquilo que atenda às nossas necessidades do Espírito imortal.” (Alirio)
“O Grande desafio contemporâneo para o homem é o seu auto descobrimento. Não apenas identificação das suas necessidades, mas principalmente, da sua realidade emocional, das suas aspirações legitimas e reações diante das ocorrências do cotidiano.”
(Joanna de Angelis) Livro: O Homem Integral cap. 1
 “Não se creia equivocadamente, que a finalidade primeira da conjuntura existencial seja viver bem, no sentido de acumular recursos, fruir comodidades, gozar sensações...
(Joanna de Angelis) Livro: Vida: Desafios e Soluções – cap. 2

O DESPERTAR DO ESPÍRITO
O  homem e a mulher da atualidade, após os grandes e inimagináveis voos do conhecimento e da tecnologia debatem-se, surpresos, nas águas turvas da inquietação e do sofrimento, constatando que os milênios de cultura e de civilização que lhes alargaram os horizontes do entendimento não lhes solucionaram os grandes desafios da emoção.
Há uma imensa defasagem entre o homo tecnologicus e o ser espiritual que se apresenta desequipado de recursos para os grandes enfrentamentos propostos pelos mecanismos das suas próprias construções.
A robotização, a globalização, as programações pelos meandros da Internet, a desumanização dos sentimentos, objetivando a conquista dos patamares do poder, da glória e do prazer, conspiram dolorosamente contra o ser essencial, que se reveste da estrutura física, a fim de desempenhar o ministério da evolução.
Como efeito inevitável, há glórias da mente e abismos de sombras do sentimento. Pg. 11 (Joanna de Ângelis)
“Homens e mulheres no final do século XX se sentiram traídos pela ciência e os do terceiro milênio se sentem hoje frustrados, perdidos, confusos, sem âncora intelectual que os segure. (Augusto Cury - livro

Cabe-nos uma decisão: que caminho percorrer? Ir ao encontro – proativo – consciente .
“Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram  por ela;  e porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida e poucos há que a encontrem” Mateus 7:13 e 14
Para entrar pela porta estreita é necessário um movimento de autoconsciência . Poucas as pessoas que buscam viver de forma  autoconsciente uma Vida com “v” maiúsculo, espiritualmente saudável.
Portanto, entrar pela porta estreita para passar pelo apertado caminho que leva à vida significa despertar para a essência da vida.
“Andai enquanto tendes Luz para que as trevas não vos apanhem”
João 12:35
Jesus nos dá aqui uma orientação para aproveitarmos o tesouro do tempo, questão fundamental para adquirirmos a autoconsciência e entrarmos pela porta estreita.
Andai, significa de uma forma serena, tranquila, sem desespero, sem ansiedade, para que possamos trazer a luminosidade do presente para o futuro.
Então, não há nada a temer em relação às trevas. O que precisamos é cuidar de usar bem o tempo presente enquanto estamos encarnados para nos espiritualizar.
Quando não aproveitamos a oportunidade da reencarnação visando à espiritualização, as trevas da ignorância fazem-se presentes em nossa vida.
Parábolas Terapêuticas vol.1 pag. 166


 O autoencontro não pode se dar de fora para dentro. Há de se ter uma disposição para o autoconhecimento, nossas pendências emocionais devem ser observadas por nós mesmos, caso contrário não há percepção verdadeira. Quando me permito me observar, me conhecer também me permito modificar, de dentro para fora e não o contrário.

AS ESTRUTURAS DO NOSSO PISIQUISMO
Psique  =  Alma
Estudo da Alma. – Ter consciência quem somos
Duas estruturas:
a)     Ego 
b)     Self (Eu Profundo – Eu Superior – Ser Essencial) – Espírito

                                                                                                 Desamor
EGO = Imperfeição – ignorância   = Formando  
                                                                                                   Pseudoamor

P. 392 – Por que o Espírito encarnado perde a lembrança do seu passado?
- O homem nem pode nem deve saber tudo; Deus assim o quer, na sua sabedoria. Sem o véu que lhe encobre certas coisas o homem ficaria ofuscado, como aquele que passa sem transição da obscuridade para a luz. Pelo esquecimento do passado ele é mais ele mesmo.
Esquecimento e reencarnação
 Examinando o esquecimento temporário do pretérito, no campo físico, importa considerar cada existência por estágio de serviço em que a alma readquire, no mundo, o aprendizado que lhe compete.
Surgindo semelhante período, entre o berço que lhe configura o início e o túmulo que lhe demarca a cessação, é justo aceitar-lhe o caráter acidental, não obstante se lhe reconheça a vinculação à vida eterna.
 É forçoso, então, ponderar o impositivo de recurso e aproveitamento, tanto quanto, nas aplicações da força elétrica, é preciso atender ao problema de carga e condução.
 Encetando uma nova existência corpórea, para determinado efeito, a criatura recebe, desse modo, implementos cerebrais completamente novos, no domínio das energias físicas,  e, para que se lhe adormeça a memória, funciona a hipnose natural como recurso básico, de vez que, em muitas ocasiões, dorme em pesada letargia, muito tempo antes de acolher-se ao abrigo materno.  Na melhor das hipóteses, quando desfruta grande atividade mental nas esferas superiores, só é compelida ao sono, relativamente profundo, enquanto perdure a vida fetal.  Em ambos os casos, há prostração psíquica nos primeiros sete anos de tenra instrumentação fisiológica dos encarnados, tempo em que se lhes reaviva a experiência terrestre.
 Temos, assim, mais ou menos três mil dias de sono induzido ou hipnose terapêutica, a estabelecerem enormes alterações nos veículos de exteriorização do Espírito, as quais, acrescidas às consequências dos fenômenos naturais de restringimento do corpo espiritual, no refúgio uterino, motivam o entorpecimento das recordações do passado, para que se alivie a mente na direção de novas conquistas E, como todo esse tempo é ocupado em prover-se a criança de novos conceitos e pensamentos acerca de si própria, é compreensível que toda criatura sobrenade na adolescência, como alguém que fosse longamente hipnotizado para fins edificantes, acordando, gradativamente, na situação transformada em que a vida lhe propõe a continuidade do serviço devido à regeneração ou à evolução clara e simples. E isso, na essência, é o que verdadeiramente acontece, porque, pouco a pouco, o Espírito reencarnado retoma a herança de si mesmo, na estrutura psicológica do destino, reavendo o patrimônio das realizações e das dívidas que acumulou, a se lhe regravarem no ser, em forma de tendências inatas, e reencontrando as pessoas e as circunstâncias, as simpatias e as aversões, as vantagens e as dificuldades, com as quais se ache afinizado ou comprometido. Transfigurou-se, então, a ribalta, mas a peça continua. A moldura social ou doméstica, muitas vezes, é diferente, mas, no quadro do trabalho e da luta, a consciência é a mesma, com a obrigação de aprimorar-se, ante a bênção de Deus, para a luz da imortalidade.

.Emmanuel


Para Jung, o ego forma o centro crítico da consciência e, de fato, determina em grande medida que conteúdos permanecem no domínio da consciência e quais se retiram, pouco a pouco, para o inconsciente. O ego é responsável pela retenção de conteúdos na consciência, e também pode eliminar conteúdos da consciência deixando de os refletir. O ego pode “reprimir” conteúdos que não lhe agradam, ou que considera intoleravelmente penosos ou incompatíveis com outros conteúdos. Também pode recuperar conteúdos da armazenagem do inconsciente (isto é do banco da memória) desde que não estejam  bloqueados por mecanismos de defesa, como a repressão , os quais mantêm os conflitos  intoleráveis fora do alcance e  tenham ligação associativa  suficientemente forte com o ego  - isto é, foram “aprendidos” com suficiente solidez.   (livro – Jung o Mapa da Alma. – Murray Stem  pg. 25)
 Fundamentalmente o ego é um centro virtual de percepção consciente que existe, pelo menos, desde o nascimento, o olho que vê e sempre viu o mundo desde essa vantajosa posição, desde esse corpo, desde esse ponto de vista individual.
Em si mesmo, não é nada, quer dizer, uma coisa. Não é produto de criação, crescimento ou desenvolvimento. É inato.
O ego é o que separa os humanos de outras criaturas da natureza que também possuem consciência; é também o que separa o ser humano individual de outros seres humanos. É o agente individualizante na consciência humana.
Citar o ex. do porteiro de um condomínio.

O Ser Essencial ou Causal (solicitar leitura do texto no livro pg. 29)
Sentimento Nobres: bondade, fraternidade, solidariedade, ética, compaixão, justiça, sinceridade, tolerância, amizade, autoestima, etc.
Energias derivadas do amor.

Negatividade do Ego: (desamor = ausência do amor) – ódio, egoísmo, revolta, raiva, mágoa, ressentimento, angústia, depressão, ansiedade, desespero, medo, pânico, violência, cólera, ciúme, etc.
São transitórios, existem enquanto não dispomos a cultivar os sentimentos reais, que são os essenciais.
 Máscara do Ego: (pseudoamor – sentimentos aparentemente positivos) – euforia, autopeidade, perfeccionista, pseudoperdão, martírio, puritanismo, etc.
Podem impedir o contato mais profundo com o Ser Essencial. O individuo cristaliza esses sentimentos falsos.

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