AUTOCONHECIMENTO
Autoconhecimento
Psicoterapia à luz do evangelho de Jesus
Psicoterapia
(Psyche – mente; Therapheuein – curar) é o processo pelo qual aprendemos a
lidar de forma construtiva com nossas dificuldades emocionais, isso requer
autoconhecimento, disposição para mudar.
Nesse processo,
que muitas vezes é um processo doloroso, pois percebemos que somos nós mesmos os
artífices das nossas próprias insatisfações e problemas, percebemos nossas
atitudes equivocadas, nossos vícios, nossas características desvinculadas da
realidade, podemos cair em processos de depressão, de ansiedade, de culpismo e
desculpismo (que vamos ver mais adiante) por isso a proposta é trabalhar esse
processo de aprendizagem para com nossas dificuldades de maneira eficaz
utilizando o evangelho de Jesus, que através do amor, do auto e do alo amor nos
leva a um processo de mudança, de reforma, de transformação sem martírios,
respeitando nossos limites, aceitando-nos como somos e modificando
paulatinamente nossas ações.
Por muito tempo
o evangelho de Jesus foi tratado como um compêndio puramente religioso, no
entanto a verdade que Jesus veio nos trazer não está restrita à religião,
tampouco se limita às dimensões
espaço-temporais. Jesus falou, viveu e ensinou verdades que são universais,
servem para todo tempo e todo lugar.
Até algum tempo
atrás a palavra de Jesus era entendida como algo fora de nós, que se referia ao
mundo, ao outro, era externa. Hoje mais amadurecidos podemos olhar a palavra de
Jesus voltada para nosso próprio interior. Várias obras têm corroborado isso.
Joana de Angelis
em suas obras nos dá a dimensão psicológica das palavras de Jesus, Augusto Cury
nos presenteia com uma dimensão psicológica de Jesus, estudos neurológicos já
conseguem comprovar os benefícios do perdão, da compaixão, da misericórdia.
A nova leva de
espíritos que vem nos auxiliar através dessa proposta da atitude de amor onde
dentre vários representantes se encontra nosso venerando Bezerra de Menezes,
Joana De ângelis e outros de elevada
estirpe vem com a missão de trazer o evangelho de Jesus para dentro de nós,
dentre os colaboradores se encontra Alírio , autor do livro que estamos
estudando. Espírito que reencarnou com alto potencial para o estudo (médico,
biólogo, homeopata, psiquiatra, psicologia e psicoterapia transpessoal) nos
presenteia com esse maravilhoso estuda das obras de Joana de Ângelis.
Juízos de fato e valor
Juízo é o
processo da própria razão, que observa, avalia, julga, tira conclusões. Penso
logo existo.
Fatos são
observações empíricas e objetivas acerca da realidade.
Valores são
aprendizados éticos, morais, estéticos, culturais que nos permitem qualificar
os objetos da realidade.
Vejamos um exemplo contido no evangelho:
“Levantando os olhos, viu os ricos
colocando as suas ofertas no gazofilácio. Viu também uma viúva pobre colocando
ali dois leptos (a menor das moedas judaicas). E disse: verdadeiramente vos
digo que esta viúva pobre colocou mais do que todos. Pois todos eles colocaram
do que lhes está sobrando nas caixas de ofertas; ela, porém, das coisas que lhe
faltam, colocou tudo quanto tinha para o seu sustento.”
O fato nos
revela que havia um lugar para ofertas. Muitos ricos colocavam muitas moedas de
valores altos lá e uma viúva que vivia na pobreza colocou ali duas moedas das
menores que havia.
O valor revelado
por Jesus nos revela sobre aquele fato que a viúva doou mais do que todos os outros,
porque o que ela doou era tudo o que ela tinha, enquanto que os outros tiraram
do que lhes sobrava.
Quanto a nós: Conseguimos
nos olhar? Quais são nossos valores?
Nos olhamos com
olhos de juízo de fato ou de juízo de valores?
Quando tentamos perceber
nossos defeitos e qualidades estamos olhando e nos julgando.
Por exemplo que
são qualidades (virtudes) e defeitos (vícios)?
Virtudes humanas são qualidades morais
padrões dos seres humanos e que estão relacionadas com a construção da
personalidade de cada indivíduo.
Contrapondo-se
às virtudes temos os vícios, que são a ausência das virtudes ou elas mesmas em
seu pólo negativo.
Desse
modo podemos perceber que todos nós temos características HUMANAS.
O processo de angelitude passa pela
humanidade e enquanto humanos temos de viver e nos aceitar em nossa totalidade.
Negar uma característica não nos faz deixar de tê-la, fomos criados simples e
ignorantes, o fato de desconhecermos nossa ignorância e nos acharmos sábios não
nos torna sábios.
Todos possuímos uma estrutura
BIPOLAR “qualquer comportamento de
natureza unilateral logo desencadeia uma reação interna, inconsciente, em total
oposição àquele interesse” (como dizia Mário Quintana “quem nunca se contradiz
deve estar mentindo”) somos seres que por possuírem duas polaridades nos
contradizemos.
(Jung
esclarece: o ser humano vive como alguém cuja mão não sabe o que a outra faz, o
que induz á recordação do pensamento de Jesus, quando se refere à excelsa ação
da caridade: dai com a mão direita, sem que a esquerda o saiba. Como a nos
dizer, age com parcimônia para que o opositor que te habita não se aguce e te
boicote, age calado para que teu ego se aquiete e te permita fazer coisas) nas
próximas aulas
Todos vivemos emoções de vários tipos e
tentamos lidar com elas de maneiras tanto eficazes quanto ineficazes. O
verdadeiro problema não é sentir a emoção, e sim nossa capacidade de
reconhece-la, aceita-la, usá-la quando possível e continuar a funcionar apesar
dela.
Ignorar uma situação não significa
eliminá-la ou supera-la. Tal postura permite que seus valores constitutivos
cresçam e se desenvolvam, até o momento em que se tornam insustentáveis,
chamando a atenção para enfrenta-los.
Relembrando Joana De Ângelis “O ser
consciente deve trabalhar-se sempre, partindo do ponto inicial da sua realidade
psicológica, aceitando-se como é e aprimorando-se sem cessar. Somente consegue
essa lucidez aquele que se auto-analise, disposto a encontrar-se sem máscara,
sem deterioração. Para isso, não se julga, nem se justifica, não se acusa nem
se culpa. Apenas descobre-se”.
Assim, o Autoconhecimento se torna uma
necessidade prioritária na programática existencial da criatura. Quem o
posterga, não se realiza satisfatoriamente, porque permanece perdido em um
espaço escuro, ignorado dentro de si mesmo.
Agora tente se
olhar sem se julgar, você vai perceber apenas suas características.
Como sou? Pense
nisso sem julgamento, não importa se isso é bom ou ruim o importante agora é
saber como sou.
Quando formos
nos analisar numa situação primeiro temos de ver os fatos, se os juízos vierem
primeiro sempre seremos vítimas ou algozes e isso já nos impede o
autoconhecimento a reflexão acerca do fato. Pois fatalmente vai se cair no
culpismo (o outro é culpado por tudo, a situação é culpada por tudo, eu mesmo
sou culpado por tudo) ou no desculpismo (fiz porque o outro isso, fiz porque a
situação isso, fiz porque eu isso...)
Obviamente
várias das nossas atitudes são oriundas de mecanismos muito intrincados que
tentaremos estudar, analisar, conhecer ao longo dos nossos encontros, no
entanto, nosso exercício diário, a princípio é olhar sem julgar, aprender a ver
para depois começar pouco a pouco, respeitando-nos avaliar nossos
comportamentos, sentimentos e finalmente responsabilizarmo-nos por eles,
assumindo suas consequências sem culpa, sofrimento, com amor e entendimento.
A estrutura
psíquica humana é muito complexa. A Psicologia Transpessoal nos traz aspectos
desconhecidos de nós mesmos, inexplorados até então.
Vejamos como
Alírio trata a questão:
Aquilo que somos
possui várias camadas.
Todos possuímos
um EGO – esse é o modo como estamos atualmente, nossas vivências e experiências
formam essa camada que se estrutura formando nosso ego (nossa história
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