APRENDENDO A NOS AMAR


APRENDENDO A NOS AMAR

“Ele respondeu: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e teu entendimento. Esse é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a esse: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Desses dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.” (Mateus, 22:37 a 40)


A PALESTRA DE CALDERARO

Acumulai tesouros no céu, onde nem a ferrugem, nem os vermes os comem; - porquanto, onde está o vosso tesouro aí está também o vosso coração.”
O Evangelho Segundo o Espiritismo – capítulo XXV – item 6

Prega-se insistentemente o amor ao próximo em nossos meios. Louvado seja! Todavia, a proposta educativa do Cristo inclui o amor a si, o auto amor. Generaliza-se uma confusão entre celebrar a individualidade e o individualismo. O primeiro é o processo da individuação, a educação das potencialidades do self. O segundo é a conduta egocêntrica de destaque e prestígio. Que os nossos grupos se lancem sem temores ao exercício da atitude de amor a si mesmo. Estamos no tempo dos sentimentos, das descobertas da alma.

Fomos treinados para temer ou negar o que sentimos, no entanto, não haverá paz na alma que não se lançar a essa tarefa educativa de percorrer a ‘solidão necessária” e responder a si: Quem sou? O que quero?

“Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.”

Fonte: - Escutando Sentimentos – pelo Espírito Ermance Dufaux




QUE SENTIMOS SOBRE NÓS

“Quando saiam de Betânia, ele teve fome; e, vendo ao longe uma figueira, para ela encaminhou-se, a ver se acharia alguma coisa; tendo-se, porém, aproximado, só achou folhas, visto não ser tempo de figos.”
(O ESE – capítulo XIX – item 8)

Os sentimentos que mais necessitamos compreender para nossa harmonia são aqueles que dizem respeito a nós próprio.

Que sentimos sobre nós? Qual a relação afetiva que temos conosco? Como temos tratado a nós mesmos? A partir de uma viagem nesse desconhecido mundo íntimo, faremos descobertas fascinantes e primordiais para uma integração harmoniosa com a Lei Divina e o próximo. A partir da harmonia que podemos criar com nossa “vida profunda”, essa busca de si mesmo terá como prêmio o encontro com o “eu verdadeiro”, aquilo que realmente somos – a singularidade.

 Como começar essa viagem de auto-encontro em favor da consolidação de uma relação pacífica e amorosa conosco? Como trabalhar a aplicação do auto amor.?

O primeiro ato educativo na construção do valor pessoal é diluir a ilusão da inferioridade. Buscar as raízes do desamor que usamos conosco. O Criador nos ama como estamos. Temos um nobre significado para Deus. Somente nós, por enquanto, ainda não descobrimos o valor que possuímos. Renascemos com novo corpo para esquecer e olhar para frente.

Outro aspecto na valorização pessoal a considerar são o julgamento que aplicam a nós. O que importa é o que faremos diante deles. Como reagiremos?
Quando não cultuamos o auto amor, os julgamentos constituem espessas algemas das mais nobres aspirações. Em qualquer situação o amor é nossa couraça pessoal. Quem se ama sabe se defender sem fugas e ter respostas emocionais inteligentes e serenas aos estímulos do meio.

Um impedimento frequente na construção da autonomia é o medo de rejeição – uma das mais graves consequências da baixa autoestima

A necessidade da aprovação alheia é extremamente enraizada na vida emocional. Todas as pessoas e suas respectivas ideias a nosso respeito merecem carinho e consideração, respeito e fraternidade. Porém, conceder a outrem o direito de aprovar ou reprovar...

O Espiritismo é remédio para nossas dores e roteiro para libertação de nossas consciências. Estudá-lo, sim, entretanto, a maioridade nas atitudes somente florescerá ao renovarmos o modo de sentir a nós, ao próximo e à vida.
Fonte: - Escutando Sentimentos – pelo Espírito Ermance Dufaux


APRENDENDO A NOS AMAR:

Em verdade, o exercício da aprendizagem do amor inicia-se pelo amor a si mesmo e, consequentemente, pelo amor ao próximo, chegando ao final à plenitude do amor a Deus.

Esses elos de amor se prendem uns os outros pelo sentimento de afeto desenvolvido e conquistados nas múltiplas experiências acumuladas no decorrer do tempo em que nossas almas estagiaram e aprenderam a conviver e melhorar.

Muito de nós nos comportamos como se o amor não fosse um sentimento a ser aprendido e compreendido. Agimos como se ele estivesse inerte em nosso mundo íntimo, e passamos a viver na espera de alguém ou de alguma coisa que possa despertá-lo do dia para a noite.

Vale considerar que, quanto mais soubermos amar, mais teremos para dar; quanto maior o discernimento no amor, maior será a nossa habilidade para amar; quanto mais compartilhá-lo com os outros, mais ampliaremos nossa visão e compreensão a respeito dele.

Iniciamos a conquista do amor pleno pelos primeiros degraus da escala da evolução. No começo, nossas qualidades e valores íntimos se encontravam em estado embrionário e, ao longo as encarnações sucessivas, estruturaram-se entre as experiências do sentimento e as do raciocínio. Quando congelamos a concepção sobre o amor, passamos a enxergá-lo de forma romântica e simplista.

O amor a Deus a aos outros como a si mesmo é noção que se vai desenvolvendo pelas bênçãos dos tempos. As belezas do UNIVERSO nos são reveladas à proporção que amamos; só assim nos tornaremos capazes de percebê-las cada vez mais e em todos os lugares.

Apenas damos ou recebemos aquilo que temos. Quem ainda não aprendeu a amar a si próprio não pode amar os outros. Não peçamos amor antes de dá-lo a nós mesmos, pois o amor que tenho é o que dou e o que recebo.

À medida que aprendemos a nos amar, adquirimos uma lucidez que nos proporciona identificar nos conflitos um alerta de que estamos na direção contraria à nossa maneira de sentir e de pensar. Quanto mais aprendemos a nos amar, mais nos desvinculamos de coisas que não nos são saudáveis, a saber: pessoas, obrigações, crenças e tudo que possa nos invadir a individualidade e nos prostrar ou rebaixar. Muitos chamarão essa atitude de egoísta, no entanto deveremos reconhecê-la como o ato de amar a si mesmo.

Quando nos colocarmos a serviço do amor verdadeiro, a autoestima nascerá em nossa vida como valiosa aliada nas dificuldades existenciais.
Invariavelmente as pessoas que ainda não aprenderam com Jesus a excelência do amor, pensam que são amadas porque se fazem especiais, esquecendo-se que por amarem tornam-se especiais.

É graça ao amor que os relacionamentos atingem a sua plenitude, porque o egoísmo cede lugar ao altruísmo (interesse pelo bem-estar do outro) e o entendimento de respeito como de confiança alicerça mais os sentimentos que se harmonizam, produzindo bem-estar em quem doa tanto quanto em quem recebe.

Somente o amor permite que se vejam as pessoas como são.:

Fonte: UM MODO DE ENTENDER Uma nova forma de viver - (Ditado pelo Espírito Hammed)

A ARTE DE AMAR
Erick Fromm

O amor a si mesmo:

Embora não haja nenhuma objeção à aplicação do conceito de amor a vários objetos, é uma crença muito difundida ade que, se é virtuoso amar os outros, é pecado amar a si mesmo. Considera-se que, se amo a mim mesmo, não amo mais ninguém, que o amor a si mesmo é a mesma coisa que o egoísmo.

Egoísmo e amor a si mesmo, longe de serem idênticos, na verdade são opostos. A pessoa egoísta não se ama muito, ela se ama pouco: na realidade, ela se odeia. Essa falta de carinho de cuidado por si mesmo, que nada mais é que a expressão da sua falta de produtividade, deixa o egoísta vazio e frustrado. Ele é necessariamente infeliz e tenta ansiosamente arrancar da vida as satisfações que se impede de alcançar. Parece preocupar-se demasiado consigo, mas na verdade apenas faz uma tentativa malsucedida de dissimular e compensar seu fracasso em cuidar de seu eu verdadeiro.

É verdade que as pessoas egoístas são incapazes de amar os outros, mas também não são capazes de amar a si mesmas.

A melhor maneira de resumir essas ideias de amor a si mesmo é citar Mestre Eckhart sobre esse ponto:

“Se você ama a si mesmo, você ama todos os outros tanto quanto a si mesmo.
Se você ama outra pessoa menos do que se ama, na verdade não conseguira amar a si mesmo; mas se você amar a todos, inclusive você, igualmente, então amará todos eles com o se fossem uma só pessoa, e essa pessoa é ao mesmo tempo Deus e homem.
É assim uma grande e virtuosa pessoa que, amando-se, ama igualmente todos os outros”
         Mestre Eckhart – nascido na Alemanha em 1260 -Filósofo

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

AS TRÊS JANELAS DA MENTE

PAULO - APÓSTOLO

REGENERAÇÃO DA HUMANIDADE