A VONTADE COMO CONDIÇÃO PARA REALIZAR A EVOLUÇÃO



Existem muitas pessoas querendo ter posturas diferentes, vidas diferentes, pessoas honestas, abnegadas, caridosas que, no entanto, não querem pagar o preço da mudança.

Necessário entendamos isso: só o desejo da possibilidade de ser quem não somos não dá o ensejo de ser o que desejamos ser, é preciso pagar o preço!

Comparemos a mente humana – espelho vivo da consciência lúcida – a um grande escritório, subdividido em diversas seções de serviço.
Aí possuímos o Departamento do Desejo, em que operam os propósitos e as aspirações, acalentando o estímulo ao trabalho; o Departamento da Inteligência, ditando os patrimônios da evolução e da cultura; o Departamento da Imaginação, amealhando as riquezas do ideal e da sensibilidade; o Departamento da Memória, arquivando as súmulas da experiência, e outras ainda, que definem os investimentos da alma.
Acima de todos eles, porém, surge o Gabinete da Vontade. A Vontade é a gerência esclarecida e vigilante, governando todos os setores da ação mental. A Divina Providência concedeu-a por auréola luminosa à razão, depois da laboriosa e multimilenária viagem do ser pelas províncias obscuras do instinto.” (Emmanuel – Pensamento e vida)
Ninguém é destituído de vontade, porquanto tudo que se realiza, no movimento e na ação, está vinculado a esse fulcro desencadeador de forças para objetivação.

A vontade é, portanto, o motor que impulsiona os sentimentos e as aspirações humanas para a conquista do infinito, sendo sempre maior quanto mais é exercitada. Inexpressiva, nos primeiros tentames, logo se transforma no comando das possibilidades que se dilatam, enriquecendo o ser com os valores imperecíveis da sua evolução.” (Joanna de Angelis – Triunfo Pessoal)

Alírio de Cerqueira Filho nos faz pensar nos atributos da vontade, quais sejam:

1.     FORÇA: a força é a base da própria vontade, é o que pode vencer a inércia e nos tirar de determinada posição, do estado de acomodação, de passividade.
A força de vontade é o exercício do poder que todo ser humano possui de mudar a própria vida para melhor, todos o possuímos pois que é atributo de nossa essência divina. Porém apesar de todos possuírem poucos a usam, temos dificuldade em vencer a inércia e transformar nossas dificuldades em possibilidades de mudança para melhor.

Segundo Aristóteles tudo no universo tende a inércia, Galileu esclarece o conceito quando nos diz que “o movimento é movimento e como movimento opera, enquanto tem relação com coisas que carecem dele; mas entre as coisas que participam todas igualmente dele, nada opera e é como se ele não fosse”.

Quando passamos por uma situação desafiadora e todos se comprazem nela não percebemos mudança, pois todos se movimentam no mesmo sentido, no entanto quando alguém faz um movimento de mudança com muita força de vontade, há grandes mudanças, um bom exemplo é Jesus, que mudou inclusive nosso calendário, para antes e depois dele.

A vontade pode e deve ser trabalhada, ela pode crescer em nós, podemos desenvolvê-la, Joanna de Angelis no auxilia nesse sentido: A vontade deve e pode ser trabalhada através de exercícios mentais, da geração de interesse e de motivação para conseguir-se autorrealização, a conquista de recursos de vária natureza, especialmente na transformação dos instintos em sentimentos, dos hábitos doentios em saúde, da conquista da beleza, dos ideais de engrandecimento humano.

No entanto só a força não basta, há o segundo aspecto da vontade que não é menos importante do que o primeiro.

2.     COMPETÊNCIA: é necessário ter competência para mudar, isto é, é preciso saber como mudar. Muitas pessoas são sinceras em seus processos de mudança, querem verdadeiramente, tem força, mas não realizam isso de modo competente. Quando usamos apenas a força nos tornamos prepotentes conosco mesmos, além de que um poder que tem apenas força não tem direcionamento e sem esse direcionamento inteligente e amoroso acabamos por emperrar o processo de mudança.

A competência ou habilidade é o exercício da inteligência, tanto cognitiva, quanto emocional, adquirindo-se sabedoria para direcionar a força. Quanto mais competência adquirirmos menos força necessitaremos, o esforço para mudança deve ser continuado, paciente e perseverante.

Nesse ponto a ansiedade é sobremaneira um dos empecilhos que encontramos em nosso processo de mudança, pois esta nos faz utilizar uma quantidade grande de energia (força) e por não obtermos o resultado que esperamos no tempo que a ansiedade nos fazer esperar muitas vezes acabamos desistindo do tentame.

“Se eu quiser, verdadeiramente, mudar algo em mim que me limita, eu posso, eu sou capaz de realiza-lo, mesmo que haja dificuldades, fruto das minhas próprias limitações, eu consigo vencê-las, se eu utilizar a força de vontade de forma competente, aprendendo a superar, através de vários recursos, as limitações que possuo, solucionando-as com inteligência, paciência, perseverança e esforço continuado, de forma gradativa e suave, com o menor esforço possível.”

No entanto apenas a força e a competência ainda não são suficientes para que possamos evoluir, há ainda dois outros atributos da vontade...

3.     AUTOAMOR: se a força nos tira do lugar, a competência nos dá o direcionamento, apenas o autoamor nos dá o direcionamento adequado, pois o autoamor nos dá condições para escolher o melhor para nós mesmos, ele é o exercício da melhor escolha.
Sem o autoamor podemos até começar um processo de mudança, mas não conseguimos perseverar...
Quando nos autoamamos “a vontade, por isso mesmo, não cede quando falecem os resultados, repetindo a experiência quantas vezes sejam necessárias até que se colimem os interesses que se têm em mente”. (Joana de Angelis, Triunfo Pessoal)

“Se eu quiser, verdadeiramente, mudar algo em mim que me limita, eu posso, eu sou capaz de realiza-lo, mesmo que haja dificuldades, fruto das minhas próprias limitações, eu consigo vencê-las, se eu utilizar a força de vontade de forma competente, aprendendo a superar, através de vários recursos, as limitações que possuo, solucionando-as com inteligência, paciência, perseverança e esforço continuado, de forma gradativa e suave, com o menor esforço possível porque eu me amo e por isso quero o melhor para a minha vida.”
E por fim, o último atributo da vontade, não poderia deixar de ser ...
4.     FELICIDADE: a felicidade é a busca, o fim a que nos voltamos. No entanto poucos de nós querem conquistá-la, a maioria a quer numa bandeja, como graça divina sem mérito algum, inertes e felizes como no paraíso contemplativo que nos foi oferecido no passado quando se nos ofereceu a ideia de um céu.
É claro que isso não será possível, Felicidade é algo que se obtém pela ação da vontade, apenas quem se autoama busca ser feliz e assim fazer a felicidade dos outros.
A felicidade é o estado de plenitude que podemos almejar, todas as vezes que exercemos nossa força de vontade com direcionamento para o bem estamos trabalhando para nossa felicidade.
“Se eu quiser, verdadeiramente, mudar algo em mim que me limita, eu posso, eu sou capaz de realiza-lo, mesmo que haja dificuldades, fruto das minhas próprias limitações, eu consigo vencê-las, se eu utilizar a força de vontade de forma competente, aprendendo a superar, através de vários recursos, as limitações que possuo, solucionando-as com inteligência, paciência, perseverança e esforço continuado, de forma gradativa e suave, com o menor esforço possível porque eu me amo e por isso quero o melhor para a minha vida e desejo obter a plenitude e felicidade que mereço.”


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