Convite Diário!!
CONVIDADOS
Todo o Evangelho de Jesus é um hino de louvor à vida, uma
canção de alegria, uma apoteose ao amor.
Suas parábolas de sabor atemporal, apropriadas a todas as
épocas, são música sinfônica narrando a epopeia de Espíritos ora famintos de luz que se
fartam, noutros momentos aflitos na escuridão da ignorância e das autopunições em processo de
libertação, que se reencontram e se tornam felizes.
A sua dúlcida voz, enunciando os paradigmas da felicidade,
penetra o âmago do ser humano, como um raio de luz que vara a treva e a vence de um
golpe...
Todas as lições que oferece encontram-se ricas de atualidade
como instrumento de edificação moral irrepreensível ou qual diretriz, segura
para o encontro com o bem-estar, com a saúde real.
Em a narração complexa em torno de um rei, que, desejando
celebrar as boda do filho, mandou preparar um banquete e, de imediato, convidar as
pessoas gradas que constituíam a sociedade distinta do país.
Desinteressados do que ocorria no palácio, esses eleitos
maltrataram os emissários e não deram importância à invitação. Foram cuidar dos próprios
interesses subalternos.
Surpreso com essa reação do seu povo, o monarca enviou novos
mensageiros a outro grupo de cidadãos que igualmente desconsideraram a gentileza
honorável. Cada qual se foi, como de hábito, atender aos objetivos que lhe diziam respeito, não
considerando a oferenda que lhe era apresentada.
Além dessa indiferença ficaram revoltados com a insistência
e maltrataram os emissários, ultrajaram-nos e os mataram.
Irritou-se o rei e mandou suas tropas exterminarem os
rebeldes ingratos...
Apesar dos insultos, insistiu o monarca junto aos seus
servos, esclarecendo: - As bodas estão preparadas, mas os convidados não eram dignos. Ide, pois, às
encruzilhadas dos caminhos e chamai para as bodas a quantos encontrardes.
Os servidores foram e arrebanharam maus e bons, ociosos e
trabalhadores, ficando a sala nupcial cheia de convivas.
Jubiloso, o rei passeou pelo recinto e foi tomado de
surpresa quando identificou um convidado que não vestia a roupagem nupcial, a quem indagou:
- Amigo, como entraste aqui sem veste nupcial?
Ele, porém, emudeceu, empalidecendo constrangido.
Então o rei disse aos seus servos: - Atai-o de pés e de mãos
e lançai-o às trevas exteriores; ali haverá o choro e o ranger de dentes. Pois muitos são os
chamados, mas poucos escolhidos. (*) A um leitor pouco atento, pode parecer paradoxal a atitude
real, punindo um convidado que viera ao banquete de surpresa, conforme se encontrava no
momento da invitação.
Sem dúvida, na extraordinária narrativa simbólica,
decodificamos a mensagem partindo da proposta divina, na qual o Pai Celestial prepara a boda do
Seu Filho Jesus com a humanidade e toma todas as providências.
Através dos séculos o rei organizou o banquete das bodas com
o povo que se acreditava eleito. Dizendo-se-Lhe fiel, informando respeitá-lO e
homenageá-lO como Único e Soberano. No entanto, em face da soberba, assim como das mesquinhas
aspirações, ao ter notícia da ocorrência, indiferente às lições recebidas, desprezou os profetas que
vieram anunciar o momento grandioso eos matou, rebelde, insensato, permanecendo
no amanho da terra das suas paixões.
O Grande Rei enviou então o próprio Filho, o noivo de luz,
que não recebeu qualquer consideração, nem mesmo daqueles que Lhe foram comensais
constantes, beneficiários do Seu amor, e desdenharam-nO, crucificando-O entre sarcasmo e
desprezo...
O Rei misericordioso, então compadecido da suprema
ignorância dos seus súditos de melhor condição, optou por enviar o convite a todos aqueles que
eram destituídos de privilégios, de comodidades, os que eram considerados excluídos, bons e
maus, que perambulavam pelas ruas e encruzilhadas do destino incerto, a fim de que participassem
da festa especial.
Viviam em lugares de torpeza moral, em situações sórdidas e
deploráveis, com as vestes rasgadas e os pés descalços.
O sapato era, então, símbolo de posição social, de destaque,
objeto de muito valor, que expressava a situação econômica do usuário...
Foram esses os convidados que aceitaram estar presentes no
banquete de bodas.
Pode-se considerar que eles representam a moderna sociedade
aflita, que deambula de um para outro lugar, buscando solução para os problemas, sem
orientação nem sentido existencial.
Para esse veio O consolador que os introduz na ala dos
festejos, oferecendo-lhes todos os acepipes valiosos para nutri-los, recuperá-los e libertá-los do caos
interior...
No entanto, o traje nupcial que não se constitui de
indumentária exterior, mas de valores internos, é desprezado por diversos daqueles que se utilizam
dos bens preciosos sem qualquer consideração para com o ato nupcial que deve ser consumado
entre eles e o Filho dileto do Rei.
É natural que padeçam o efeito do desrespeito a que se
permitem, deslizando para as regiões sombrias e profundas de sofrimentos, atados pés e mãos às
fortes algemas da rebeldia e da desfaçatez.
A culpa neles se encontra em forma de tormento, como
remorsos, insegurança de dignidade e complexos outros afligentes.
Sem qualquer relutância, a mensagem alcança hoje multidões,
trombeteada pelas vozes do Céu, incontáveis a ouvem, aceitam-lhe o convite, no entanto,
somente aqueles que se investirem das insígnias das núpcias, ostentando as condecorações dos
sofrimentos, as comendas da abnegação, distinguir-se-ão, e serão escolhidos.
Na atualidade do pensamento científico, tecnológico,
sociológico e cultural, o convite para banquete incomparável da plenitude alcança as mentes e os corações
que estão despertos para a alegria de viver e de servir.
Repetem-se as invitações sonoras e gráficas, em músicas
sublimes e em pergaminhos de luz, inundando o pensamento de sabedoria e o sentimento de paz,
no entanto, a ufania e o utopismo, a arrogância e as vãs concepções desdenham, zombam, e não lhes
dão importância.
Nesse concerto que poderia ser de beleza e harmonia a
patética do sofrimento espalha inquietação e incerteza, angústia e sombras, chamando à
renovação, conclamando ao atendimento, tentando o despertar das consciências adormecidas.
A pouco e pouco, o entendimento em torno da responsabilidade
imortal favorece-lhes a aceitação do convite e eles optam por se fazer presentes no
banquete de bençãos da imortalidade em triunfo.
Convidados!...
Autoeleger-se para ser escolhido em face da autodoação pela
lei de progresso.
Em que classe de convidado te encontras?
Reflexiona e decide, porque o banquete de núpcias já começou...
Cuida de renovar as tuas atitudes.
Livro: Atitudes renovadas (Divaldo Franco/ Joanna de
Ângelis)
Valiosa oportunidade de reflexão.
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