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Mostrando postagens de julho, 2019

TOLSTOI ENCONTRA ZAQUEU

E, tendo entrado em Jericó, atravessava Jesus a cidade. E vivia nela um homem chamado Zaqueu, e era ele um dos principais entre os publicanos, e pessoa rica. E procurava ver Jesus, para saber quem era, mas não o podia conseguir, por causa da muita gente, porque era pequeno de estatura. E correndo adiante subiu a um sicômoro para o ver, porque por ali havia Ele de passar. E quando Jesus chegou àquele lugar, levantando os olhos, ali o viu, e lhe disse: “Zaqueu, desce depressa, porque importa que Eu fique hoje em tua casa”. E desceu ele a toda pressa, e recebeu-o satisfeito. Vendo isso, todos murmuravam, dizendo que tinha ido hospedar-se em casa de um homem pecador. Entretanto, Zaqueu, posto na presença do Senhor, disse-lhe: “Senhor, eu estou para dar aos pobres metade dos meus bens, e naquilo em que eu tiver defraudado alguém, pagar-lhe-ei quadruplicado”. Ao que lhe disse Jesus: “Hoje entrou a salvação nesta casa, porque este também é filho de Abraão. Porque o Filho do homem veio b

CONVITE À SAÚDE

“Senhor, se quiseres, poderás curar-me. Jesus, estendendo a mão, o tocou e disse: quero-o, fica curado; no mesmo instante desapareceu a lepra.” (Mateus: capítulo 8º, v.2 e 3.) Melancolia e inquietação em festival de sofrimento. Neuroses e psicoses clamando a patética das dores. Enfermidades do corpo, da mente, do espírito, em compacta carga sobre os ombros humanos. Enfermos e hipocondríacos em tormento incessante. Não obstante as conquistas da inteligência e os êxitos da cultura nos múltiplos campos do conhecimento, débeis são as colheitas da paz.   Triunfos externos convertidos em amargas derrotas íntimas. Glórias e aplausos silenciados na amargura das duras soledades. Tributos ao gozo em rios de sofrimentos. Poder, abastança, e a miséria espiando em desespero. No entanto, a saúde buscada com avidez e pouco possuída é de fácil aquisição. O mais poderoso contágio que existe, ainda é o da saúde. Saúde, todavia, de dentro para fora, que pro

O SOFRIMENTO

O sofrimento é um mecanismo patológico que a pessoa se impõe. Ela se apega a dor e fica envolvida com ela, porque não quer pagar o preço para superar a situação. O homem empenha-se, afanosamente, para vencer o sofrimento, que se lhe apresenta como adversário soez. (vil) Em todas as épocas, ele vem travando uma violenta batalha para eximir-se à dor, em contínuas tentativas infrutíferas, nas quais exaure as forças, o ânimo e o equilíbrio, tombando depois em mais graves aflições. Passar incólume ao sofrimento é a grande meta que todos perseguem. Pelo menos, diminuir-lhe a intensidade ou acalmá-lo, de modo a poder fruir os prazeres da existência e incessantes variações. Imediatista, interessa-lhe o hoje, sem visão do porvir. Para libertar-se desse adversário, a criatura impõe-se outras formas de dor, que aceita racionalmente, por livre opção, não se dando conta do equívoco em que labora. A dor, porém, não é uma punição. Antes, revela-se um excelente mecanismo da vida a